As mulheres que têm seios muito grandes costumam apresentar sérias restrições à exposição do corpo. É uma limitação que pode incomodar na hora de ir à praia ou piscina, ficar nua ou usar roupas justas; às vezes pode, até mesmo, prejudicar a auto estima da pessoa.
Além disso pode haver um comprometimento físico da coluna e do ombro, sendo comum dores nestas regiões pois as mamas ficam muito afastadas do eixo de gravidade do corpo, levando a uma cifose compensatória que tende a comprimir as vértebras.
Outro problema que pode acontecer é uma forte irritação da pele abaixo dos seios, onde a pele se encontra com a pele do seio e também no sulco criado pela alça do sutiã.
Em resumo, nosso objetivo será o mesmo: devolver a dignidade e a sensualidade que toda mulher quer ter.
Para explicar os diferentes tipos de cirurgia de redução de mama, dividimos em três grupos, bem fáceis de entender. É claro que cada pessoa é única e sempre vai precisar de uma solução individual, mas com certeza o entendimento de como é feita a cirurgia te ajudará na hora da escolha.
Mamoplastia Redutora com prótese de silicone
É a cirurgia indicada para reduções médias, de até 500 g de retirada de tecido mamário. Existem algumas vantagens de se colocar o implante de silicone no mesmo dia, mesmo tendo feito a retirada de bastante peso.
A primeira vantagem é deixar o colo mais marcado, a segunda vantagem é a estabilidade da forma do implante ao longo dos anos, já que a prótese não envelhece. Para manter a estabilidade do implante, gostamos de colocar a prótese no plano sub-muscular, usando o sutiã interno e a alça muscular para evitar que as próteses desçam ou desçam para o lado.
Não se deve confundir a mamoplastia redutora com a mastopexia, elas são bem diferentes. Na mamoplastia redutora o principal objetivo é a redução do peso da mama, por isso é comum usarmos próteses pequenas. Na mastopexia o maior objetivo é elevar a mama toda, subindo mais os mamilos que podem ter descido com o tempo.
Em geral, estas pacientes de mastopexia preferem volumes maiores, pois não carregam o trauma de terem convivido com seios grandes por décadas. Se quiser saber mais sobre a mastopexia, sugerimos ler o material que preparamos para você em outro post: Mastopexia no Rio de Janeiro
Mamoplastia redutora sem prótese
É a técnica que consegue a maior leveza das mamas, pois não usamos implantes na cirurgia. Se seu tórax for mais estreito, é ótimo pois consegue criar um busto mais proporcional. Se você tiver um tórax médio ou largo, esta modalidade sem uso de prótese também poderá ser feita, mas provavelmente vai marcar menos o decote.
Em todos os casos podemos usar o enxerto de gordura para marcar mais o colo. A gordura não é igual à prótese, pois uma parte será absorvida e a gordura é líquida. Com certeza conversaremos em consulta sobre todas as opções que temos para resolver o problema dos seios grandes.
Uma pergunta comum no consultório é sobre o comprimento da cicatriz. É importante esclarecer que o tamanho da cicatriz é proporcional ao tamanho do seio, à queda que este teve e também ao tamanho da base do seio.
Essa troca entre um seio grande e um seio pequeno com cicatriz em geral é muito benéfica, pois a maioria de nossas pacientes cicatriza muito bem e fica muito feliz de ter mamas mais leves e sem volume excessivo.
Caso você prefira ter algum volume maior de mama e não goste da ideia de usar implantes de silicone, preparamos uma terceira opção onde usamos uma parte da glândula mamária para simular um implante e dar mais colo.
Mamoplastia redutora com pedículo inferior
Nesta técnica nós não usamos próteses mas usamos uma parte da glândula mamária, dobrada sobre si mesmo, para simular um implante. O resultado não será igual ao do implante, pois estamos usando um tecido vivo, por outro lado não existem os riscos (baixos) do uso de implantes como rejeição ou infecção.
Esta técnica é provavelmente a modalidade mais escolhida em minha clínica, pois permite uma retirada grande de tecido mamário, aliviando e muito o peso das mamas e mantendo uma boa projeção e colo. Isso é importante para as mulheres que desejam usar um decote, uma roupa mais aberta ou que desejam um efeito cortina, da blusa cair livremente sem encostar no abdome.
Como é a cicatriz da mamoplastia redutora?
Para a Mamoplastia redutora, sempre haverá um “T” invertido, de maior ou menor tamanho conforme o grau de flacidez dos seios. O uso de biquinis será possível após esta cirurgia, pois agora os seios irão caber no bojo do biquini.
Nós tentamos em todos os casos reduzir o máximo possível o tamanho da cicatriz, mas isto nem sempre é possível. Usamos também técnicas diferenciadas de sutura, para aumentar as chances de uma cicatriz bem fina, apagada e em geral conseguimos.
Em alguns casos conseguimos usar uma técnica bem diferenciada para reduzir ainda mais a cicatriz mas, atenção, só poderemos saber se esta técnica é possível durante a realização da cirurgia de mamoplastia redutora.
Caso tenha interesse nesta técnica, você poderá ler os parágrafos abaixo e poderá trazer suas perguntas para eu responder durante a consulta.
Mamoplastia Redutora – Short Scar
É quando realizamos uma grande retirada de tecido através da incisão vertical, esvaziando bem a mama por este acesso. Como a maior parte da glândula sai por esta vertical, não temos a necessidade de prolongar tanto a cicatriz horizontal. Esta técnica funciona bem para mamas densas e pesadas com pele firme e com base estreita e não irá funcionar bem em mamas muito largas, com muita flacidez de pele ou com muitas estrias.
Mamoplastia Redutora em L
Pode ser considerada uma evolução da short scar. Durante décadas, diversos cirurgiões tentaram desenvolver uma técnica que não tivesse a parte central da cicatriz, evitando a incisão que vai para o meio.
Só recentemente é que a Medicina evoluiu bastante para conseguir, em casos selecionados, uma grande retirada de peso usando uma cicatriz pequena, curta, sem o prolongamento que tendia a escapar do biquini. Ou seja, na mamoplastia tradicional existe uma cicatriz em T invertido, na short scar existe um mini T invertido e nos casos em que é possível aplicar esta nova técnica, a cicatriz terá o formato de um L que vai para as laterais, ficando mais fácil de esconder.
Detalhes importantes na mamoplastia redutora:
Eu sempre faço o desenho destas técnicas, no dia da consulta, para a paciente entender bem as diferenças. Existem pequenos cuidados durante a mamoplastia como o tamanho da aréola, por exemplo, que sempre tem que ficar entre 4 e 5 cm de diâmetro. Sempre levo em conta a altura e largura de ombro da paciente para calcular o tamanho final, a projeção do colo e a largura de mama adequados para cada paciente que me procura.
Outro cuidado que tenho é de realizar a lipoaspiração na lateral dos seios pois algumas pacientes tem umas gordurinhas do lado do seio que atrapalham o resultado final. A ideia é realmente esculpir o seio para alcançar o formato que você quer.
Por último, uso o máximo possível de suturas absorvíveis, para que a paciente não sinta o incômodo da retirada dos pontos. Gostamos de usar cola cirúrgica em todas as pacientes, no dia seguinte colocamos o tapping de fisioterapia, depois passamos a usar a fita de silicone por 2 meses, de forma a direcionar o processo de cicatrização para que este termine de forma bem fina,
Em resumo:
Seios grandes causam incômodos físicos e psicológicos. O excesso mamário pode desviar sua postura e sobrecarregar as costas. Frequentemente recebo mulheres em meu consultório que utilizam um sutiã 50 ou 52 e querem diminuir para um tamanho 42 ou 44. Com certeza haverá uma cicatriz, mas esta ficará escondida e não causará vergonha, ao contrário dos seios grandes, que são difíceis de esconder.
O resultado que minhas pacientes relatam após a cirurgia de redução de mama é de uma grande melhora na autoestima, na confiança para expor o corpo e também uma sensação de alívio e de liberdade para usar a roupa que quiser.
Dr. Alexandre Charão atende na cidade do Rio de Janeiro e Petrópolis.
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